quinta-feira, 25 de outubro de 2012

40th International Hume Society Conference, July 22-27, 2013 Belo Horizonte, Brazil


40o. Congresso da Hume Society
Belo Horizonte, Brasil
22 a 27 de julho, 2013

Organização:
Anice Lima
Charlotte Brown
Darío Perinetti
Karánn Durland
Lívia Guimarães
Ted Morris


A Hume Society tem o prazer de anunciar seu 40o. Congresso anual. Neste anúncio, convidamos à submissão de artigos em todas as áreas de estudos sobre Hume, mas, especialmente, apreciamos as, de alguma maneira, relacionadas aos temas do congresso. Os temas são:

Hume e os Antigos e Modernos
Ceticismo e Sentimento
Justiça e Sociedade

O artigos não devem ultrapassar trinta minutos de leitura (quatro mil palavras). Autorreferências devem ser apagadas, para que a avaliação seja anônima. Devem ser submetidos em inglês, mas, se selecionados, a apresentação poderá ser na língua de escolha da autora ou do autor. Não devem ser publicados até a data do congresso. Autoras e autores devem encaminhar seus artigos em MS Word ou rich text format (RTF) à página do congresso, na página da Hume Society.
Os “Hume Society Young Scholar Awards” premiam artigos de estudantes de pós-graduação, aceitos dentro do processo de revisão anônima.
Prazo para submissões: 01 de novembro de 2012.
Página do Congresso: http://www.fafich.ufmg.br/hume2013
Página do Grupo Hume:  http://grupohume.blogspot.com.br/

sábado, 11 de agosto de 2012

Inscrições para o I Congresso Internacional Nietzsche e a Tradição Filosófica

As inscrições para o I Congresso Internacional Nietzsche e a Tradição Filosófica: Nietzsche e a Tradição Kantiana estão abertas e podem ser feitas na página oficial do evento. As inscrições devem ser realizadas até o dia 25 de setembro. Maiores informações sobre o Congresso, assim como a versão completa da programação, estão sendo disponibilizadas na página. 

terça-feira, 29 de maio de 2012

I Congresso Internacional Nietzsche e a Tradição Filosófica: Nietzsche e a Tradição Kantiana


(Prazo para submissão de trabalhos prorrogado)


O Grupo Nietzsche da UFMG (GruNie) promove entre os dias 02 a 06 de Outubro de 2012 o I Congresso Internacional Nietzsche e a Tradição Filosófica. O evento, realizado em parceria com os programas de Pós-graduação em Filosofia da UFMG e do Mestrado em Estética e Filosofia da Arte da UFOP, terá lugar na FAFICH/Belo Horizonte nos dias 02 a 04 de outubro, e no IFAC/Ouro Preto, nos dias 05 e 06 de outubro. Em sua primeira edição, o evento terá como tema Nietzsche e a Tradição Kantiana. Este tema inclui não apenas as diversas formas de recepção de Kant por Nietzsche (contestação, aceitação, assimilação e reformulação de teses propostas originalmente por Kant nos domínios da filosofia teórica, prática e estética), como também o papel desempenhado por diversos autores do século XIX alemão na mediação desta recepção (Arthur Schopenhauer, Friedrich Albert Lange, Afrikan Spir, Otto Liebmann, Otto Caspari, Herman Helmholtz) e, por fim, uma apreciação da pertinência das críticas de Nietzsche a certos aspectos da filosofia kantiana à luz de releituras contemporâneas do kantismo. Trata-se, por fim, de um congresso internacional que contará entre seus conferencistas principais com pesquisadores de diversos países e nacionalidades, e oriundos dos principais centros de pesquisa dedicados ao filósofo alemão (Holanda, Alemanha, Inglaterra, Itália, Estados Unidos, Portugal, Líbano, Noruega, Brasil).
O I Congresso Internacional Nietzsche e a Tradição Filosófica hospedará ainda o IV International Workshop on Nietzsche & Kant, um workshop itinerante idealizado pelos professores Herman Siemens (Leiden University/Holanda) e Tom Bailey (John Cabot University/Roma) e cujas primeiras edições ocorreram em Leiden, Londres e Lisboa nos últimos dois anos. Na sua IV edição, o workshop discutirá o modo como Nietzsche reagiu ao tratamento kantiano do tema da religião em suas diversas facetas. Isso envolve a recusa kantiana do projeto filosófico moderno de fundar certos itens da crença religiosa na razão natural, ou seja, sua recusa da teologia racional; assim como suas tentativas de tornar plausível, pelo chamado uso defensivo ou polêmico da razão, o projeto alternativo de fundamentar certos conteúdos da crença religiosa no raciocínio moral em obras capitais como a Crítica da Razão Pura, Crítica da Razão Prática, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Crítica da Faculdade de Julgar e A Religião nos Limites da Mera Razão. Por fim, o modo como ele concebeu a relação entre religião, filosofia da história e política nos diversos opúsculos.

A Comissão Organizadora estará recebendo submissões de trabalho para apresentação de comunicações de 30 minutos (incluindo o tempo de discussão) em sessões paralelas. Propostas para comunicações devem ser enviadas na forma de um resumo com no máximo 400 palavras até o dia 15 de julho de 2012, juntamente com um pequeno CV (não mais que uma página) via e-mail para o seguinte endereço: nietzscheandkantufmg2012@gmail.com (Rogério Lopes/Giorgia Cecchinato). As propostas podem sre apresentadas em português, inglês e espanho. A seleção das propostas de comunicação pelo Comitê Científico deverá ocorrer até o dia 25 de julho. Serão particularmente bem-vindas comunicações que tratam dos seguintes tópicos relacionados ao tema geral do congresso:


·           A natureza e o lugar da experiência estética nas filosofias de Kant e Nietzsche
·           Nietzsche e a retomada do kantismo na segunda metade do século XIX
·           Nietzsche e os programas de naturalização da filosofia transcendental
·           A reação de Nietzsche à controvérsia em torno da Estética Transcendental de Kant
·           Esclarecimento e Modernidade
·           Psicologia moral & Liberdade, indivíduo e autonomia
·           Coisa em si e fenômeno
·           Fenomenismo em Kant e Nietzsche


Chamada de trabalhos e maiores informações sobre o Congresso, conferir no seguinte endereço:






Centro Onassis oferece a Sócrates um novo julgamento

Na última sexta-feira o Centro Cultural Onassis, sediado em Atenas, propôs ao público um cursioso experimento: uma reedição do julgamento de Sócrates, com um corpo de jurados formado por renomados juristas da Europa e dos Estados Unidos. O processo, que se arrastou por horas a fio, foi transmitido pela Internet e contou também com um júri popular. O resultado é um olhar instrutivo sobre o evento que marcou, de forma traumática e decisiva, as relações entre a filosofia e a política na cultura ocidental. Pena que não tenha tido lugar em um momento mais auspicioso da história grega. O resultado desta reedição do julgamento de Sócrates: empate entre o corpo de juristas (5 a 5), o que pode causar alguma surpresa, mas em todo caso um resultado suficiente para inocentá-lo. O  júri popular foi bem mais favorável a Sócrates: 584 votos a favor da inocentação contra 5 favoráveis à condenação. Todo o processo pode ser acompanhado no link disponibilizado no Open Culture (em inglês) ou acessado diretamente no site do Centro Cultural Onassis (versões em grego, inglês e francês). A sessão tem quatro horas e duração e a sentença de Sócrates (que o inocenta) é promulgada após 3 horas e 55 minutos.

domingo, 27 de maio de 2012

Leitura ficcionalista de Nietzsche é retomada por Anderson Araújo em sua Dissertação de Mestrado

O Grupo Nietzsche da UFMG tem o prazer de convidar todos os interessados para a sessão de Defesa de Dissertação de Anderson Manuel de Araújo, que ocorrerá no dia 04 de Junho de 2012, às 14:00h, na FAFICH/UFMG, auditório Baesse (sala 4059). Intitulada "Considerações sobre o erro e a ficção nas obras do período intermediário de Nietzsche", a Dissertação de Mestrado de Anderson Araújo retoma uma antiga, mas relativamente negligenciada tradição de leitura de Nietzsche como um filósofo comprometido com uma posição ficcionalista, que confere uma grande atenção ao caráter produtivo do erro em sua descrição dos diversos fenômenos humanos nos campos da moral, cognição, religião, estética. Esta tradição de interpretação foi iniciada por Hans Vaihinger no início do século XX e retomada recentemente por autores como Michael S. Green e Nadeem J. Z. Hussain. O elemento ficcional na obra de Nietzsche remete à sua inserção na tradição kantiana. A noção de ficção se inspira em algumas considerações de Kant difundidas tanto na Dialética Transcendental quanto na chamada Terceira Crítica, obra com a qual Nietzsche esteve envolvido no início de 1868, quando cogitou escrever uma Tese de Doutoramento sobre o conceito de Teleologia tomando como ponto de partida precisamente as considerações kantianas sobre o tema. Entre as notas que Nietzsche tomou para a futura Tese de Doutoramento encontra-se o questionamento da dicotomia kantiana entre juízo determinante e juízo reflexionante, assim como a sugestão de que a distinção entre as dimensões constitutiva e regulativa da cognição era menos nítida do que supunha a ortodoxia do kantismo. Estas sugestões, formuladas na forma de notas prévias para o trabalho de doutoramento, estão na origem do projeto nietzscheano de conversão da doutrina kantiana das categorias em um ficcionalismo generalizado, projeto que o próprio Nietzsche não consumou, mas deixou como tarefa para a filosofia futura.
Contra o pano de fundo de tais considerações, Anderson Araújo procura mostrar que todos os fenômenos humanos se movem no horizonte do erro e da ficção, o que inclui não apenas as formas de vida gregárias, mas também aquelas que Nietzsche associa ao espírito livre. Neste sentido, o desafio que se coloca ao longo das obras do período intermediário será o de descobrir um critério que permita hierarquizar minimamente tais sistemas de ficções e que permita ao filósofo manter o seu compromisso com a integridade intelectual, sem se tornar, com isso, vítima de seus excessos. Neste percurso, sugere Anderson Araújo, Nietzsche se depara com a noção de expansão da vida como um princípio capaz de cumprir esta função avaliativa no âmbito das ficções. 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Normatividade em Nietzsche será tema de conferência do Prof. Peter Railton na UFMG

O Professor Peter Railton estará no Departamento de Filosofia da UFMG na próxima quinta-feira, dia 17 de maio, a convite do Prof. Leonardo de Mello Ribeiro, para uma conferência e posterior discussão acerca do tema Normatividade em Nietzsche. Temos o prazer de convidar todos os interessados pelo tema a comparecerem à conferência, que ocorrerá no Auditório Baesse, no quarto andar da FAFICH (sala 4059), às 16:00h. O Professor Peter Railton leciona no Departamento de Filosofia da Universidade de Michigan e publicou extensamente sobre o tema da normativade moral, tendo se ocupado também de questões relacionadas à teoria da explicação científica. Recentemente o Prof. Peter Railton tem se interessado por questões relacionadas à estetica, à psicologia moral e à teoria da ação, assim como ao impacto de resultados de psicologia empírica e da biologia evolucionista sobre a reflexão conceitual nestes domínios da análise filosófica. A conferência do Prof. Peter Railton tratará, entre outras coisas, da complexa e desafiadora questão posta pelas relações entre naturalismo e normatividade, explorando as possibilidades de se extrair da obra de Nietzsche uma posição consistente acerca da normatividade que não precise recorrer prioritariamente ao chamado vocabulário deontológico, orientado pelas noções de dever e de princípios, e que não pressuponha uma concepção do agente inflacionada por categorias metafisicamente suspeitas, tais como a de vontade livre e autodeterminação. A normatividade em Nietzsche se desloca deste âmbito para o âmbito de nossas práticas avaliativas mais gerais (não especificamente morais), como ocorre na apreciação de uma obra de arte e na realização bem-sucedida de atividades que não requerem a aplicação explícita de regras e a mobilização de todo o nosso aparato reflexivo. As condições para uma performance bem-sucedida e digna de admiração nestes contextos depende de um tipo de racionalidade, digamos, incorporada, resultado de um longo treino e que pode prescindir da mobilização consciente de preceitos ou princípios abstratos e de tudo o mais que usualmente identificamos com o silogismo prático. Conferência e debate serão em inglês. Para os interessados, é possível disponibilizar com antecedência uma versão em PDF do paper que será objeto de discussão.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Boa notícia para os adeptos da pesquisa de fontes

A biblioteca privada de Nietzsche pertence ao acervo da Hergozin Anna Amalia Bibliothek, ligada ao Klassik Stiftung Weimar. Com a mala abarrotada de livros, enviados ora de Naumburg pela mãe e pela irmã, ora da Basiléia pelo amigo Overbeck, ora de algum editor em Leipzig, que o municiava com as novidades do mundo erudito, Nietzsche era forçado a cruzar de trem a Europa de norte a sul ao longo dos anos à procura de um clima adequado à sua filosofia e à sua saúde frágil, numa rotina que antecipou a imagem que posteriormente alguns de seus comentadores procuraram fixar para a sua personalidade filosófica: a de um pensador nômade. Esse nomadismo se transferiu também obrigatoriamente para a sua biblioteca, que durante a década de 80 se converteu em uma biblioteca itinerante. Graças à devoção fervorosa da irmã e de alguns poucos amigos a sua biblioteca privada sobreviveu a tais condições adversas e, após ter sido cuidadosamente catalogada, teve todos os seus volumes microfilmados e colocados à disposição dos pesquisadores que tivessem ânimo e condições de peregrinar até a Meca dos estudos germânicos, a pequena Weimar que abriga o espólio de tantos escritores e pensadores alemães sob a eterna proteção de Goethe. Mais recentemente, um grupo liderado por Giuliano Campioni produziu um volume com a enumeração de todos os indícios de leituras em cada uma das páginas de cada volume da biblioteca privada do filósofo. Mas a boa notícia para os entusiastas da pesquisa de fontes é que parte deste acervo já está disponível para consulta online. Há verdadeiras preciosidades entre os volumes já disponibilizados: obras raras que há dez anos atrás exigiriam uma visita a uma boa biblioteca européia podem agora ser consultadas no volume utilizado por Nietzsche, com todas as suas marcações de leitura, etc. no conforto de sua sala de trabalho. Otto Caspari, Léon Dumont, Eugen Duhring, Afrikan Spir, Emerson, Espinas, Charles Féré, Drossbach, Jean Marie Guyau, Paul Bourget, Alfons Bilharz, Bizet, Emanuel Hermann, Euripides, Diogenes Laércio, Cícero, Plutarco, Galiani, Pascal, Lecky, Liebmann, Leopold Schmidt, Tucídides, Renan, Wellhausen, além das obras do próprio Nietzsche são alguns dos volumes já disponíveis para consulta bem aqui, ao alcance de um clique do mouse. É uma esplêndida notícia para aqueles que são da convicção de que a pesquisa de fontes ainda não esgotou o seu potencial e a reconstrução do contexto intelectual e das leituras de Nietzsche podem contribuir para iluminar não apenas a compreensão da obra do filósofo, mas todo um capítulo da cultura européia. Espero que toda esta comodidade não nos torne menos propensos à viagem. Que o acesso aos textos utilizados por Nietzsche seja um estímulo a mais para nos pormos a caminho.

domingo, 25 de março de 2012

Tradição e Ruptura: Nietzsche e os Gregos

O Grupo Nietzsche da UFMG promoverá em maio na Fafich/UFMG (dias 03 e 04) a terceira edição da série de seminários intitulada Tradição e Ruptura. Trata-se de um seminário concebido originalmente pelo PRAGMA (Programa de Estudos em Filosofia Antiga da UFRJ) em parceria com o NEAM (Núcleo de Estudos Antigos e Medievais da UFMG) e que elege anualmente como objeto de discussão a obra de um autor moderno ou contemporâneo que tenha contribuído de forma decisiva para reformular nossa imagem da antiguidade clássica. A terceira edição do seminário discutirá as várias facetas da recepção nietzscheana dos gregos. Tendo como subtítulo Nietzsche e os Gregos, a edição de 2012 do Tradição e Ruptura contará com duas conferências (dos professores Ernani Chaves (UFPA) e Enrico Müller (Pesquisador junto à Ernst-Moritz-Arndt Universität Greifswald/Prof. visitante da Unicamp) e nove palestras de helenistas e estudiosos do pensamento de Nietzsche. Embora o núcleo temático do seminário seja a confrontação de Nietzsche com o pensamento de Platão e com o fenômeno histórico do platonismo, outros temas consagrados pela recepção nietzscheana dos antigos serão igualmente contemplados na programação do evento: sua tentativa de reavaliar o lugar da filosofia pré-platônica na história da filosofia antiga, sua proximidade com temas pontuais do aristotelismo e sua relação ambígua com as filosofias do período helenístico (epicurismo, cinismo e ceticismo). A questão controversa das rupturas e continuidades com o projeto humanista no pensamento de Nietzsche deverá fornecer o pano de fundo para boa parte das discussões do seminário.

Segue abaixo as informações detalhadas sobre o evento, assim como a programação:
(clique na imagem para ampliar)



Comissão organizadora:
Prof. Dr. Antônio Orlando Dourado de Oliveira Lopes (FALE/UFMG)
Prof. Dr. Rogério Lopes (Departamento de Filosofia/UFMG)
Equipe de apoio:
Alice Parrela Medrado (mestranda Filosofia/UFMG)
Daniel Carvalho (Doutorando Filosofia/UFMG)
Oscar Santos (Doutorando Filosofia/UFMG)
William Mattioli (Doutorando Filosofia/UFMG)
Promoção:
GruNie (Grupo Nietzsche UFMG)
Apoio:
Programa de Pós-graduação em Estudos Literários (Pós-Lit)
Programa de Pós-graduação em Filosofia da UFMG
NEAM (Núcleo de Estudos Antigos e Medievais da UFMG)
PRAGMA (Programa de Estudos em Filosofia Antiga da UFRJ)

Programação

03/05/2012 (quinta-feira)
Manhã:
10:00h - Boas vindas: Prof. Dr. Antônio Orlando Dourado de Oliveria Lopes e Prof. Dr. Rogério Lopes)
10:30h - Conferência de abertura Prof. Dr. Enrico Müller (Pesquisador junto à Ernst-Moritz-Arndt Universität Greifswald/Prof. visitante na Unicamp): “Entre Logos e Pathos: o antiplatonismo platônico de Nietzsche”
Tarde:
14:00h - Prof. Dr. Marcelo Pimenta (Departamento de Filosofia/UFMG): “Ler Platão antes e depois de Nietzsche”
15:00h - Prof. Dr. Teodoro Rennó Assunção (FALE-UFMG). “Vida contemplativa e ócio (skholé) em Nietzsche (Humano demasiado humano 283, 284, 285, 286 e 291) e Aristóteles (Ética a Nicômaco X, 6-9)”.
16:00h/16:30h - Intervalo
16:30h - Profa. Dra. Carolina Araújo (Departamento de Filosofia/UFRJ): “A gaia ciência e o exercício para a morte”.
17:30h - Prof. Dr. Adriano Machado Ribeiro (Dep. Letras Clássicas e Vernáculas/USP): “Sobre Nietzsche, Platão e os nascimentos da tragédia”.

04/05/2012 (sexta-feira)
Manhã:
10:00h - conferência (Prof. Dr. Ernani Chaves/CNPq/Departamento de Filosofia/UFPA): “O oral e o escrito em Platão, segundo Nietzsche”.
11:30h - Prof. Dr. Rogério Lopes (Departamento de Filosofia/UFMG): Nietzsche e a interpretação cética de Platão.
Tarde:
14:30h - Prof. Olimar Flores (FALE/UFMG): “Três motivos do cinismo diogeniano na obra de Nietzsche”.
15:30h - Daniel Carvalho (Doutorando Filosofia/UFMG): “Considerações em torno do cinismo a partir de Nietzsche”
16:30h/17:00h - Intervalo
17:00h - Profa. Dra. Miriam Campolina (Departamento de Filosofia/UFMG): Nietzsche e os Pré-socráticos
18:00h - Oscar Santos (Doutorando Filosofia/UFMG): “Nietzsche e o epicurismo”

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cadernos Nietzsche publica o dossiê "Nietzsche e o Naturalismo"

Segue abaixo o editorial do número 29 dos Cadernos Nietzsche:


Editorial

Ivo da Silva Júnior
Rogério Lopes (Colaborador dos Cadernos Nietzsche 29)

Os Cadernos Nietzsche 29 não teriam sido possíveis sem a colaboração de Rogério Lopes. Da concepção à revisão técnica, passando pelo contato com muitos dos autores e editoras que cederam os direitos autorais para este volume dos Cadernos Nietzsche, seu trabalho – imenso – foi fundamental. Fica aqui então registrado o nosso agradecimento – e certamente o do público brasileiro interessado pelo pensamento de Nietzsche – por este volume.

Ivo da Silva Júnior (Editor-responsável)

*

Os Cadernos Nietzsche 29 trazem um dossiê sobre “Nietzsche e o naturalismo”. Visa assim a contribuir com a discussão de um rol de questões em torno de leituras da filosofia nietzschiana ainda pouco debatidas no Brasil.

Se não há dúvidas sobre a importância do naturalismo na constituição da filosofia de Nietzsche, muitas são as questões sobre a maneira pela qual o pensamento naturalista impactou o nietzschiano. Neste número 29 da revista, tem-se por intenção confrontar interpretações de importantes comentadores de Nietzsche, da Nietzsche-Forschung internacional e da brasileira, sobre este tema.

Este número dos Cadernos Nietzsche traz como primeiro artigo um texto clássico de Bernard Williams, sobre a definição de uma psicologia moral “naturalista”. Segue-se a ele um texto inédito de Richard Schacht, em que o autor, ao investigar o sentido do naturalismo no pensamento de Nietzsche, afasta qualquer traço cientificista do naturalismo nietzschiano. O trabalho seguinte, de Brian Leiter, estabelece um diálogo com outros textos com a mesma temática, reafirmando suas posições sobre o naturalismo metodológico em Nietzsche. O texto de Peter Kail, por sua vez, discute o estatuto da explicação em Nietzsche e Hume, reafirmando contra a leitura cética que em ambos os autores o que está em jogo são explicações causais. Béatrice Han-Pile traz um trabalho que procura mostrar que Nietzsche ultrapassa posições naturalistas tout court e transcendentalistas para criar um naturalismo transcendental. Este dossiê prossegue com as contribuições da pesquisa brasileira para este debate sobre Nietzsche e naturalismo, que ocorrem sobretudo entre os integrantes do Grupo Nietzsche da UFMG, coordenado pelo Prof. Rogério Lopes. O primeiro artigo é de William Mattioli, em que o autor procura mostrar haver uma ontologia em Nietzsche a partir de uma reinterpretação da noção de tempo na obra nietzschiana. O trabalho de Oscar Augusto Rocha Santos, na sequência, discute a aproximação entre um naturalismo descritivo e a ficção normativa. Alice Medrado, por sua vez, analisa o papel da arte e da ciência em Humano, demasiado humano. Este dossiê termina com um artigo de Rogério Lopes, que apresenta a maneira pela qual Nietzsche pensa a relação entre filosofia e ciências empíricas, em termos de uma concepção naturalista liberal, a partir do debate naturalista na filosofia alemã hodierna a Nietzsche.

Dois textos programados para este número não puderam ser publicados por falta de acordo – não evidentemente com os autores – mas com as editoras que os publicaram inicialmente. Um deles, de Maudemarie Clark e David Dudrick, discutiria a presença de dois tipos de naturalismo presentes em Para além de bem e mal, sendo que um deles Nietzsche aceitaria e outro em que criticaria. O outro, de Christopher Janaway debateria diretamente com Brian Leiter, criticando o “naturalismo metodológico” que este encontraria em Nietzsche.

Os Cadernos Nietzsche 29 esperam assim possibilitar que este dossiê sobre “Nietzsche e o naturalismo” abra novas perspectivas de pesquisa entre nós a partir desse tema que, como já dissemos, ainda não está muito presente nas leituras brasileiras.

Para este número, muitos foram os que trabalharam para a sua produção. Há que ressaltar o trabalho de tradução de Alice Parrela Medrado e de Daniel Filipe Carvalho dos textos de Maudemarie Clark e David Dudrick, de um lado, e de Christopher Janaway, de outro, que, como dissemos acima, não puderam ser publicados neste número. A todos que colaboraram, de uma forma ou de outra, o nosso agradecimento.


Ivo da Silva Júnior (Editor-responsável)
Rogério Lopes (Colaborador dos Cadernos Nietzsche 29)

domingo, 6 de novembro de 2011

Vaga para doutorado em Nietzsche na Universidade de Leiden

Gostaríamos de divulgar aqui a abertura de uma vaga para doutorado (PhD) sob orientação do Prof. Dr. Hermann Siemens na Universidade de Leiden (Holanda). O doutorado é parte de um programa de pesquisa intitulado “Between Deliberation and Agonism: Rethinking Conflict and its Relation to Law in Political Philosophy”, que será desenvolvido como um esforço colaborativo entre três projetos coordenados pelo Prof. Siemens. O primeiro projeto (de pós-doutorado) tem por foco a relação entre os sujeitos políticos e a lei no pensamento político atual. Os outros dois projetos se encontram na área de história da filosofia. Um deles (também de pós-doutorado) tem por foco a política global e investiga o pai das teorias cosmopolitas atuais, Kant, como um pensador do conflito. O outro (de doutorado) terá por objeto uma análise do pensamento de Nietzsche como o pai das teorias agonísticas atuais. A vaga que está aberta é para este último projeto. O título do projeto é “Nietzsche’s ontology of conflict and its implications for agonistic political theory” e ele consiste sobretudo em um estudo sistemático do vocabulário nietzscheano sobre o conflito como base para uma pesquisa acerca de suas implicações para o pensamento político contemporâneo. A questão central do projeto é se relações construtivas entre (certos tipos de) conflito – na medida em que compreendemos o conflito como a estrutura fundamental da vida política – e as normas da lei são necessárias para uma democracia dinâmica.

As inscrições podem ser feitas até dia 20 de novembro de 2011.

O candidato deverá submeter os seguintes documentos:

  • documento de candidatura (incluindo uma explicação do porquê o candidato é qualificado para o projeto e dos seus interesses filosóficos no mesmo);
  • curriculum vitae (incluindo uma lista de publicações, e nomes, filiação e contato de duas referências acadêmicas);
  • histórico de notas;
  • um exemplo de produção textual do candidato (como a tese de mestrado, por exemplo).

As candidaturas devem ser enviadas para: vacaturesluip@hum.leidenuniv.nl.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Michel Foucault e Noam Chomsky debatem natureza humana e poder em programa de TV holandesa no início dos anos 70

Postado hoje no imbatível Open Culture, memorável encontro entre Foucault e Chomsky no início dos anos 70 para debate televisivo em torno da questão se é ou não possível uma definição da natureza humana e da melhor ordenação política em vista desta definição.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Relação entre Nietzsche e Pessoa é tema de conferência do Professor Nuno Ribeiro no Grupo Nietzsche

O Grupo Nietzsche da UFMG tem a alegria de convidar os leitores deste blog e a comunidade acadêmica para conferência do Professor Nuno Ribeiro, que terá como título "Nietzsche e Pessoa: a estética da pluralidade", e que ocorrerá na próxima segunda, dia 19 de setembro, às 14:00h, no quarto andar da FAFICH, UFMG (sala ainda a confirmar). O professor Nuno Ribeiro é ligado ao Instituto de Estudos sobre o Modernismo da Universidade Nova de Lisboa e autor de inúmeros artigos sobre a relação entre Nietzsche e Pessoa (aqui um artigo de sua autoria publicado nos Cadernos Nietzsche sobre o tema de sua pesquisa), assim como do recém-publicado Fernando Pessoa e Nietzsche: o pensamento da Pluralidade, pela Editora Verbo (Lisboa: 2011). Segue um rápido resumo do conteúdo de nossa conversa com o Prof. Nuno Ribeiro na próxima semana.


Nietzsche e Pessoa: a estética da pluralidade

Os pensamentos de Nietzsche e de Fernando Pessoa são expressão de uma estética pluralista. A dimensão pluralista da estética destes dois autores manifesta-se, desde logo, na forma como constroem as suas obras. Nas obras de ambos os pensadores assistimos à produção de mecanismos desagregadores de princípios unitários, entre os quais o «perspectivismo» e a «heteronímia» são os dispositivos mais evidentes. Assim, partindo de um confronto entre o pensamento nietzschiano e a criação literária de Pessoa pretende-se elucidar de que forma encontramos nos textos destes dois autores a constituição de uma estética da pluralidade.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Humanismo e anti-humanismo em Nietzsche e a inevitabilidade do antropomorfismo

Nesta sexta-feira, dia 26 de agosto, às 19:00h, no auditório Baesse, quarto andar da Fafich, farei uma apresentação sobre o tema humanismo e anti-humanismo em Nietzsche, confrontando aspectos de sua obra com os desdobramentos posteriores no século XX, em especial em Heidegger, no estruturalismo francês e na utopia transumanista contemporânea em torno de um suposto ultrapassamento não apenas do ideal humanista mas também das diversas figuras do homem. A apresentação e posterior discussão ocorrem no âmbito do seminário temático oferecido pelo curso de filosofia da UFMG. O tema comum deste semestre é a antropologia filosófica. Creio que o tema é bastante polêmico e espero uma discussão acalorada por parte do público. Para os interessados em participar da discussão, sugiro a leitura de "Regras para o parque humano: uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo", de Peter Sloterdijk (publicado no Brasil pela Editora Estação Liberdade). Para os que lêem em alemão, eis a versão original no Zeit.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Professor Günter Zöller discute niilismo estético de Nietzsche em conferência na UFMG

Na próxima quarta-feira, dia 31 de agosto, o professor Günter Zöller, da Ludwig-Maximilians-Universität München (informações aqui), fará uma conferência na Escola de Música da UFMG, Campus Pampulha, às 10:30h, na sala 3003, tendo como título "A atividade propriamente metafísica do homem: Nietzsche acerca da justificação estética do mundo". O professor Zöller defende como tese central de sua conferência que a estética em Nietzsche é submetida a uma radical reconceitualização. Para os que se interessarem pelo tema e pela conferência, que será ministrada em alemão com projeção simultânea da tradução, seguida de debate com possibilidade de tradução simultânea das questões e com respostas em inglês do professor Zöller, segue uma pequena sinopse do conteúdo da conferência:


A exposição da metafísica de artista de Nietzsche que apresentaremos nesta conferência está centrada na concepção de niilismo, em seu duplo aspecto de diagnóstico e de terapêutica. O niilismo enquanto “niilismo da fraqueza” deve fornecer uma crítica à modernidade decadente e enquanto “niilismo da força” deve constituir uma alternativa à modernidade. Procuramos nesta conferência situar o niilismo na confrontação com a moderna soteriologia estética tal como ela se encontra presente na metafísica da vontade de Arthur Schopenhauer e no drama político musical de Richard Wagner. Como conclusão, serão debatidas as implicações e consequências do niilismo estético para a poética mediante a consideração da modernidade musical e lírica. Para tanto serão confrontados dois pequenos ensaios de Gottfried Benn dedicados à constelação moderna entre niilismo e pessimismo com alguns de seus “Não-poemas” tardios, juntamente com sua musicalização contemporânea por Boris Blacher. (G. ZÖLLER)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sílvia Lage defende Dissertação sobre Música e Décadence no Caso Wagner

O Grupo Nietzsche da UFMG tem a alegria de convidar seus integrantes e demais leitores deste blog para a sessão de defesa da Dissertação de Mestrado de Sílvia Lage, intitulada "Música e Décadence em O Caso Wagner, de Nietzsche". A defesa acontecerá na próxima sexta, dia 19 de agosto, às 14:00h, na sala 3017 da Fafich, sala onde ocorre a maior parte dos encontros do Grupo. A banca examinadora é composta pelo prof. Rodrido Duarte/UFMG, que orientou o estudo, pelo prof. Olímpio Pimenta, da UFOP, e por este que vos escreve.
Teremos uma tarde agradável dedicada à discussão de um dos conceitos centrais da obra tardia de Nietzsche e de sua ambição de fornecer um diagnóstico de seu próprio tempo a partir do exame da obra emblemática de Wagner. Ocasião das mais apropriadas para a retomada de nossas atividades no semestre. Com a palavra a autora:

"A dissertação tem como objetivo investigar o conceito de décadence e suas relações com a arte musical no contexto da filosofia madura de Nietzsche, de modo a compreender a crítica ao compositor Richard Wagner em O Caso Wagner – um problema para músicos (1888), como uma retomada da pergunta pelo valor dos valores da modernidade. Partindo-se da hipótese de que o estatuto da música como um valor é explicitamente problematizado na crítica tardia de Nietzsche à arte wagneriana, espera-se mostrar como esta crítica o conduz à compreensão filosófica das principais formações culturais de sua época como uma expressão da moral cristã, para por fim avaliar a possibilidade de se atribuir um alcance normativo à tese nietzschiana sobre o declínio da arte musical em função da apreciação de sua significação e valor para a cultura." (Sílvia Lage)